Para quê um novo acordo ortográfico?


Não vejo quais as vantagens que isso nos possa trazer. Escrevo português e continuarei a escrever o português de acordo com o que me foi ensinado. Não vou mudar, independentemente de esse “novo acordo” vir ou a não a ser assinado.
A verdade é que, um brasileiro lê perfeitamente a ortografia portuguesa (o dito português europeu – ora essa, português é de Portugal e não do Brasil) e o vice-versa.
Não que esteja em desacordo com algumas alterações, nomeadamente a introdução das letras “k”, “w” e “y” no nosso alfabeto. É natural a evolução linguística, mas não nos termos que nos é proposto. Na verdade, algumas alterações são de todo aberrantes.
Mais me parece que o que nos estão a propor é uma imposição da língua brasileira…mais uma vez as imposições de quem nos “governa” – ora…afinal o português nasceu em Portugal ou no Brasil?!
DISPENSO ESTE ACORDO.
Sou portuguesa, não deveria ter uma palavra a dizer? (Eu, como quem diz os portugueses em geral). Mas já nos vamos habituando (ou abituando (ridículo)) aos mandos e desmandos dos nossos governantes, porque haveria agora de haver uma excepção?
Vejamos as principais alterações em análise apresentadas no Banco de Dados da Língua Portuguesa – FFCLH USP (2007):
- As paroxítonas terminadas em “o” duplo, por exemplo, não terão mais acento circunflexo. Assim, ao invés de “abençôo”, “enjôo” ou “vôo”, passar-se-á a escrever “abençoo”, “enjoo” e “voo”;
- Mudam-se as normas para o uso do hífen no meio das palavras; O hífen vai desaparecer do meio de palavras, com excepção daquelas em que o prefixo termina em “R”, como é o caso de “hiper-”, “inter-”, “super-“. Desta forma todas as palavras em que se usava o hífen e cujo prefixo não termina em “R” passarão a escrever-se unidas, como por exemplo “autoestrada”, “extraescolar”, entre outras.
- Não se usará mais o acento circunflexo na terceira pessoa do plural do presente do indicativo dos verbos “CRER”, “DAR”, “LER”, “VER”e seus decorrentes, passando, assim, a escrever-se “CREEM”, “DEEM” e “VEEM” (ridículo a meu ver, ora pronunciem correctamente esta nova forma de escrever);
- Criação de alguns casos de dupla grafia para fazer diferenciação, como o uso do acento agudo na primeira pessoa do plural do pretérito perfeito dos verbos da primeira conjugação, tais como " louvámos " em oposição a "louvamos" e " amámos" em oposição a "amamos";
- O alfabeto deixa de ter 23 letras para ter 26, com a incorporação de "k", "w" e "y";
- O acento deixará de ser usado para diferenciar "pára" (verbo) de "para" (preposição) – (o quê?????!!!!!!!!!!!! - imaginem alguém dizer a outrem “para, para” e o outrem “para o quê?, e o alguém “não é para, é para” – alguém percebeu?);
- Desaparecem da língua escrita o " c " e o "p " nas palavras onde ele não é pronunciado, como em "acção", "direcção", "acto", "adopção" e "baptismo". O certo será ação, direção, ato, adoção e batismo;
- Também em Portugal elimina-se o " h " inicial de algumas palavras, como
em "húmido", que passará a ser grafado como no Brasil: " úmido"- eis mais uma que nos impingem os brasileiros (atenção, não tenho nada contra o Brasil e seus habitantes, mas bolas, o PORTUGUÊS E NOSSO, É DE PORTUGAL); - já agora eliminem também o “H” do (h)á….
Enfim, alguns exemplos daquilo que nos querem impor….

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