TI AMO

Without You



NÃO CONSIGO...as forças escasseiam


O silêncio, um quarto vazio e impessoal, a luz apagada... A luz tende a aparecer, mas não passa de imaginação... A doce ilusão de te ver ... de te sentir... de te ter a meu lado.
A ansiedade cresce e toma formas de saudade e desespero. Choro um silêncio chamado solidão. Uma solidão que sinto e que me transforma. Uma solidão que me corta, Que me fere o corpo e alma, Que me enfraquece os movimentos, a pele e a mente...
Vivo em esperança! E essa incentiva-me a viver, a respirar, a sentir...
Vivo no silêncio, apenas partido por gritos de dor, que antes eram de felicidade.
Viver sem amor é como um pássaro sem asas, existe mas não pode almejar voar.
Amor! Não é preciso asas para voar, não é preciso muito para saber sonhar...
Espero-te!

EU SEI QUE VOU TE AMAR PARA SEMPRE

Sim, eu sei que te vou amar para sempre. Nunca é demais expressar o que nos vai na alma...e na minha vai um grande amor...o amor qe sinto por ti, que sei será eterno. A dor que sinto,...é muita..sinto demais a tua falta...mas estás sempre presente na minha alma, no meu pensamento, no meu coração (que é teu), na minha vida...e para sempre. Estarás sempre presente onde quer que eu esteja, onde quer que eu vá...estarás comigo. ADORO-TE...AMO-TE DEMAIS...

O sofrimento só é suportável porque acredito que o amor vence tudo...o amor triunfará.

"Eu sei que vou te amar

Por toda a minha vida eu vou te amar

Em cada despedida eu vou te amar

Desesperadamente, eu sei que vou te amar

E cada verso meu será

Prá te dizer que eu sei que vou te amar

Por toda minha vida

Eu sei que vou chorar

A cada ausência tua eu vou chorar

Mas cada volta tua há de apagar

O que esta ausência tua me causou

Eu sei que vou sofrer a eterna desventura de viver

A espera de viver ao lado teu

Por toda a minha vida ..."

- Vinícius de Moraes -

MERAS PALAVRAS, MAS...SENTIDAS

AMO-TE, que mais dizer? É este o sentimento que abarca todo o meu ser.
Mas AMAR é uma maneira simpática de dizer: SOFRIMENTO!
O que vejo em mim, agora?
Dois olhos rasos de água, UM CORAÇÃO triste e despedaçado pela tortura contínua de não te ter a meu lado; Uma DOR IMENSA.
Durante quanto tempo irei eu aguentar este bruto sentimento?
Não sei, não faço ideia...Apenas sei que as forças escasseiam e...tenho medo...

Estou aqui, para sempre? Não certamente, mas para ti ETERNAMENTE.

... ... ... ... ...

Acredito no AMOR, e o AMOR que sinto por ti é INTENSO DEMAIS! Por ti vivo, és a razão do meu viver.

O meu sonho és TU.

Estar contigo é viver no Paraíso.

Como posso eu viver sem ti? Não posso...Simplesmente não posso, não consigo. Fazes-me falta, mais do que o pão, a água, o ar, mais do que tudo só preciso de ti para me manter viva.

AMO-TE MINHA VIDA, MEU AMOR...

-Paula Fernandes-

Onde Estás?

Em vão percorri os tortuosos caminhos da minha vida

Procurando por ti

Galguei rochedos

Subi ao cume mais alto

E não te vi

Não te encontrei.

Olhei, vagueei na imensidão do silêncio,

Mas tu não estavas.

As minhas mãos tacteiam na escuridão

Anseiam sentir o calor do teu corpo…

Onde estás?

Tenho frio…

Sinto que o meu sangue não circula,

O coração fraqueja.

Preciso de ti

Mas não estás.

Sinto-me perdida

Tão só

Na imensidão do deserto que é a minha vida.

Tempestades de areia afastam-te de mim.

Não te consigo ver.

Minúsculos grãos de areia toldam-me a visão.

Penso ver-te…miragem!!!

Oh!!! Doce alucinação….


-Paula Fernandes -(A ti minha vida. Fazes-me falta.)
Dói demais o silêncio da tua ausência.
Eu sou a que no mundo anda perdida,
Eu sou a que na vida não tem norte,
Sou a irmã do Sonho, e desta sorte
Sou a crucificada ... a dolorida ...
Sombra de névoa tênue e esvaecida,
E que o destino amargo, triste e forte,
Impele brutalmente para a morte!
Alma de luto sempre incompreendida!...
Sou aquela que passa e ninguém vê...
Sou a que chamam triste sem o ser...
Sou a que chora sem saber por quê...
Sou talvez a visão que alguém sonhou.
Alguém que veio ao mundo pra me ver,
E que nunca na vida me encontrou!

- Florbela Espanca -

Por essa vida fora hás-de adorar
Lindas mulheres, talvez; em ânsia louca,
Em infinito anseio hás de beijar
Estrelas d´ouro fulgindo em muita boca!
Hás de guardar em cofre perfumado
Cabelos d´ouro e risos de mulher,
Muito beijo d´amor apaixonado;
E não te lembrarás de mim sequer...
Hás de tecer uns sonhos delicados...
Hão de por muitos olhos magoados,
Os teus olhos de luz andar imersos!...
Mas nunca encontrarás p´la vida fora,
Amor assim como este amor que chora
Neste beijo d´amor que são meus versos!...

- Florbela Espanca - (faço minhas as palavras da poetisa)

É talvez o último dia da minha vida.
Saudei o sol, levantando a mão direita,
Mas não o saudei, dizendo-lhe adeus,
Fiz sinal de gostar de o ver antes: mais nada.

- Fernando Pessoa -

Fios de oiro puxam por mim

A soerguer-me na poeira -

Cada um para seu fim,
Cada um para seu norte
...................................................................

- Ai que saudade da morte...
...................................................................

Quero dormir... ancorar...
....................................................................

Arranquem-me esta grandeza!
- P'ra que me sonha a beleza
Se a não posso transmigrar?


- Mário Sá-Carneiro -

"Quero definir-te o que é este sentimento:o que pertence à esfera daquilo que a razão não domina, ou simplesmente nasce da noite,e de tudo o que a envolve. Falo de uma íntima relação entre os seres, de emoções que se transmitem para além de palavras e conceitos, de um encontro de corpos na esfera do segredo. Dir-me-ás: "Para que precisas de uma explicação para o amor?"Mas é a sua inutilidade que me interessa; a dádiva, o simples dizer que as coisas são assim porque são, e para além disso tudo se complica. Podes, então, rir do que te digo; ou simplesmente dizer-me que as palavras nada substituem, e que tudo o que elas nos dão está a mais. Mas o amor pertence-nos. Não o podemos deitar fora; nem fingir que não existe, como não existe o infinito, a transcendência, a abstracção divina, para quem só crê no concreto. É verdade que o amor não se vê: o que vejo são os teus olhos, a ternura súbita das suas pálpebras, e o que elas abrem e escondem numa hesitação de luz. Eis, então,o que define este sentimento: um intervalo,uma distracção do tempo, a divina abstracção do infinito na transcendência do real."

- Nuno Júdice (escritor e poeta português) -
outro cigarro vai certamente acalmar-me
que sei eu sobre tempestades do sangue? e da água?
no fundo, só amo o lado escondido das ilhas

amanheço dolorosamente, escrevo aquilo que posso
estou imóvel, a luz atravessa-me como um sismo
hoje, vou correr à velocidade da minha solidão

- Al Berto -
pernoito no interior do corpo desarrumado
o medo invade o penumbroso corredor
descubro uma cintilação de água no estuque
uma cicatriz de cristais de bolor abre-se
porosa ao contacto dos dedos indica
que não haverá esquecimento ou brisa
para limpar o tempo imemorial da casa

deste simulado sono ficou-lhe o amargo iodo
as madeiras enceradas cobertas de poeira
ervas secas à chuva molhos de rosmaninho
junquilhos, bocas de lobo silenas, trevo
mas nenhuma fuga foi recomeçada
a infância permanece triste onde a abandonei
quase não vive
no entanto ouço-a respirar dentro de mim

agora tudo é diferente
recomeço a viver a partir do vazio
da treva dos dias em silêncio
por entre a pele e um feixe de magnificas veias
sinto o pássaro da velhice arrastando as asas

onde desenvolve o calmo voo lunar

enumero cuidadosamente os objectos, classifico-os
por tamanhos por texturas, por funções
quero deixar tudo arrumado quando a loucura vier
da extremidade aguçada do corpo alado
e o rosto for devassado por um estilhaço de asa

então a vida abater-se-á sobre a folha de papel
onde verso a verso
me ilumino e me desgasto.

- Al Berto -

Blogger Templates by Blog Forum