Água Morrente

Le Poème de l'âme - Le Passage des âmes - Anne François Louis Janmot (1814-1892)

Meus olhos apagados,
Vede a água cair.
Das beiras dos telhados,
Cair, sempre cair.

Das beiras dos telhados,
Cair, quase morrer...
Meus olhos apagados,
E cansados de ver.

Meus olhos, afogai-vos
Na vã tristeza ambiente.
Caí e derramai-vos
Como a água morrente.

-Camilo Pessanha, Clepsydra-

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